Poeta Silas Correa Leite

Poeta Silas Correa Leite
Romancista, Ficcionista, Ensaista, Resenhista

Saturday, July 31, 2010




Pequena Resenha Crítica


Livro “Artesã de Ilusórios” - Um Tremendo Bordado Literário de Letícia Palmeira


A compreensão não é um saber abstrato.

É um saber em ação.

Paulo de Camargo



-Mas, afinal de contas, o que é mesmo que Letícia Palmeira escreve? Como classificar sua primeira obra, a estréia em alto estilo, de salto alto? Conto, crônica, ficção, prosa em verso, prosa poética, derramas subjetivos, criações letrais, pirações, qual a classificação narrativa do exuberante livro “Artesã de Ilusórios”, Editora Universitária, UFPB, 2009? Essa é a questão.

Você começa a ler e, baba baby, fica encantado; acha que está entrando num conto, depois periga ver é ensaio, quando não começa meio croniqueta e vira conto, ou vice versa, para não dizer que não falou de flores, ela entra e sai toda prosa de narrativas mirabolantes que seduzem, cativam, tornam o livro um mosaico de tudo o que ela purga, fermenta, depura; olhar de artista descrevendo a vida, com paradoxos, entraves, janelas abertas de sua alma em jorro letral. Já pensou? Artesã de Ilusórios, é, talvez, mas só talvez, uma heroína insatisfeita buscando-se a si mesma, auditando valores existenciais, momentos, transgressões, tentando a autenticidade num mundo perdido, degradado...

-A mulher e flor-fêmea no exercício exuberante de toda a sua existencialização enquanto alma pensante, transbordando, dando corajoso testemunho, quando retrata, recolhe, registra e diz a que veio. Talvez para pensar a vida em que habita, levita, constrói e resgata peculiaridades em verso e prosa. É a mulher que não se basta, não se contém, não se enquadra. Somos continuações. Letícia Palmeira é a liga. Escrevendo ela se dá inteira, questionadora, a consciência-passageira no viço da vida, buscando a felicidade de participar, enxergar, se inserir inteira na paleta sensível de seu estar em si. A artesã que escreve é isso.

-Artesã de ilusórios tem guardados incontidos, com suas vertentes, feito um rosário de parágrafos, de palavras bem torneadas. O texto sagrando a lida da vida. Romântica e crítica. Com seus conceitos e incompreensões que mapeia, entre afetos e circunstancias de viver e ser. “O mundo de janelas abertas. São palavras em terno e gravata, grávidas, idosos, infantis, famintas e libertas. Palavras são a certeza e a visão concreta das dúvidas”. (Pg. 21, Afeto Literário). Essa é a prosa viçosa dela, formada em Letras pela Universidade Federal da Paraíba.

Fala de bichos, gatos, elefantes, dragões, e também do bicho-homem, o bicho-ser, no olival bem ilógico da vida. Quer o arsenal dos verbos. A vida é crucial? Qual é a imagem de nós mesmos no contexto de uma sociedade adultizada e machista? Não, não podemos fugir do lugar e estar que somos. Ou podemos, no escreviver, os destemperos alucinados? No tear de Letícia Palmeira, de anjos a borboletas, cercando o circo da vida. Compondo ou recompondo. tudo. Flores e árias. Clarões. E ela mesmo também ri-se de si, do que agrega, do que envolve com sua criação “Tabuada decorada para dias de prova – Pg. 47, Flor de Decassílabo.)

-Coletivo de pluralidades. Janelas. A madura escritora Letícia Palmeira pinta o quadro do que registra. “Vestígios de mim em outra face, num disfarce de casa antiga querendo mudar de lugar. Pg. 63, Janelas da Voz. A Mãe de Pedro arde em si, evoca almas, momentos, cicatrizes, faz um espólio de tudo. Como Clarice Lispector, poda-se para permanecer inteira e sempre na florada. O submarino amarelo é mais embaixo. A vida tem seus subterrâneos, de anjos a demônios. O amor também pode ser uma droga? Ela é cheia de questões, feminina e lúcida. Poeta a parir prosa feito artesã de si mesma. Se não nascemos inteiros, vamos nos fazendo. Assim é a escritora Letícia Palmeira.

-Traz as compotas da vida em palavras. Os potes de açúcares literais. Diz do homem desconexo, de filosofias e ervas. A vida o que é? Fala de flores e de sabão em pó, fala de sol e de lua, de madalenas e banheiros. Será o impossível? Que perigo é uma mulher pensadora, sentidora, criadora, na plena posse questionadora de si e do que a cerca? A literatura de pequenos espetáculos resgatados. Ah os origamis dos dias...

-Quando escreve é só uma espécie de strip-tease, em que desnuda a vida em toda a sua magnitude? Que labirinto é o pensar/sentir/amar, um quebra-cabeças em que se situa sensual, come e bebe de literatura cozida em vapor de existencialização, feito um fio de Ariadne para ramificar a sua própria contemplação?

No livro, Zélia Farias (Especialista em Língua e Literatura Anglo-Americana pela Universidade Federal da Paraíba) muito bem diz: “Letícia foi Alice um tempo(...). Já era o tempo em que se cercava a Mário Quintana, Clarice Lispector, Virginia Woolf, Ana Cristina César, Lygia Fagundes Telles (...)”. Existir é a arte da paciência sem tédio ou remorso, ou muito pelo contrário? Letícia Palmeira é a busca viva desse entendimento. Mia Couto (in, Último Desabafo de Arcanjo Mistura), diz que esse mundo não é falso. Esse mundo é um erro. Será o impossível? Ah o solilóquio da reflexões depuradas!

-Na sua exuberante literatura, Letícia Palmeira escreve recortes de vida, páginas de angústia e desprendimento, paradoxos e cisternas, olhares plangentes, fragmentos e matizes corajosos, prosa e poesia, um verdadeiro liquidificador de idéias e cobranças a partir disso, feito uma artesã que junta carne e luz, céu e terra, caracóis e pedras, defeitos de fabricação e peças de reposição, coletivos e plurais.

O mundo está dividido entre magoados e inquietos, disse Gabriel Garcia Marques. Nem sempre a lágrima é a medida de todas as coisas. Ler Letícia Palmeira é um deleite. A flor corajosa da arte e da vida, numa linguagem que situa a lucidez e a criatividade. A mulher exercitando a sua plenitude. Daí, a literatura pura.

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Silas Correa Leite – Autor de Campo de Trigo com Corvos, Contos, Editora Design

E-mail:
poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net










NÃO SOU DE MIM (POEMA)

“Não sou de mim/Sou de outros lugares/Sou de Itararé, Cidade Poema/E só estou em mim quando escrevo/Vestígios de ausências/Não sou daqui/Sou do núcleo zero/Sou de Itararé encantada/E só me caibo em mim quando poeto/Estados de vigília/Não sou real/Fixo-me no inominável/E habito Itararé, Terra-mãe/Onde um dia finalmente serei depositado/Terra e carne: -Eu em Mim!”

(SCL, Mim e Outros)

Silas Correa Leite, e-mail:
poesilas@terra.com.br

Blogue premiado do UOL: www.portas-lapsos.zip.net

Friday, July 30, 2010




GRUPO TOMÉ TEIXEIRA SE PREPARA PARA SEU PRIMEIRO CENTENÁRIO


Criado por Lei Estadual a partir de 5 de setembro de 1910, o 1º Grupo Escolar do Município, depois cognominado Tomé Teixeira, em homenagem ao seu primeiro diretor, chega festivo e vitorioso ao seu primeiro centenário.


Tornando-se ponto de destaque também na festa de aniversário da cidade, dia 28 de agosto, a escola pretende promover uma intensa programação incluindo resgates fotográficos, de acervo e da história deste que é o mais antigo e tradicional educandário da cidade.


No último dia 5 de julho, aconteceu a primeira reunião da comissão organizadora do evento, formado por educadores da escola, CPP e Elos Clube.


Representando a Prefeitura, contou -se com a presença do assessor Paulo Perucio, pela imprensa, o jornalista Helio Porto e a Professora Lazara Bandoni (CPP/Elos).
Inúmeros assuntos foram pautadas na agenda e no próximo dia 8, uma nova reunião começara a esboçar a Programação Comemorativa.


A Escola já está solicitando e recebendo da população, fotos, antigos boletins e outras curiosidades que possam servir ao resgate desta memória. O material é cadastrado, copiado e devolvido aos seus proprietários. É importante a colaboração de todos para a grande exposição fotográfica que se pretende montar. Quem possa contribuir neste sentido, deve procurar imediatamente a Secretaria da Escola.


Os 100 anos da Escola contará com entronização de Placa Comemorativa, sessão solene, culto ecumênico, apresentações artísticas e culturais, competições esportivas, jantar de confraternização e outras tantas novidades.


Afinal, O GETT é capitulo vivo na história dos Itarareenses.

Silas Correa Leite, o chamado Poetinha, de Santa Itararé das Letras e Artes, Cidade Poema, em Noite de Autógrafos, na Casa das Rosas, São Paulo, Lançando o Livro Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print, SP
Os livros do autor estão a venda no site: http://www.livraricultura.com.br/

Contatos com o autor: poesilas@terra.com.br

Blog premiado do UOL: http://www.portas-lapsos.zip.net/





SILAS CORREA LEITE - Currículo Atualizado, 2010


Silas Correa Leite tem 56 anos, é Teórico da Educação, Jornalista Comunitário e Coordenador de Pesquisas da FAPESP/USP em Culturas Juvenis, além de Conselheiro em Direitos Humanos diplomado. Começou a escrever aos oito anos no G.E.T.T.- Grupo escolar Tomé Teixeira, e aos 16 anos no jornal O Guarani de Itararé. De família pobre, migrou para SP em 1970 com 18 anos e a quarta-séria do curso primário. Voltou a estudar, fez Direito, Geografia. É Especialista em Educação (Mackenzie), com extensão universitária em Literatura na Comunicação (ECA) e Direitos Humanos e Cidadania. Autor de Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print (SP) e Campo de Trigo Com Corvos, Contos, Editora Design (SC). Seu e-book de sucesso O Rinoceronte de Clarice, onze ficções, todas falando de Itararé, cada uma com três finais (um final feliz, um final de tragédia e um final politicamente incorreto), por ser pioneiro e único no gênero, foi destaque na mídia (Estadão, Folha, Diário Popular, JBonline, Revista Ao Mestre Com Carinho, Revista Kalunga, Revista da Web, Minha Revista (RJ) etc. e também na rede televisiva (Metrópolis, TV Cultura, Rede Band, Momento Cultural/Márcia Peltier, Rede 21 (Programa Na Berlinda) e recomendado como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual no Mestrado de Ciência da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina. Também foi base para teses de Mestrado e Doutorado em Brasília e na Universidade Federal de Alagoas (“Hipertextualidade - O Livro Depois do Livro” disponível no site da Biblioteca Universia). Premiado nos concursos Paulo Leminski de Contos, Ignácio Loyola Brandão de Contos; Prêmio Ligia Fagundes Telles Para Professor Escritor (quesito poesia), Prêmio Instituto Piaget (Lisboa, Portugal) Cancioneiro Infanto-Juvenil; Prêmio Elos Clube Comunidade Lusíada Internacional; Vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores, Prêmio Simetria Ficções e Fantástico, Portugal (Microconto), Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, 2009, livro de Crônicas Hilárias de um Poeta Boêmio, no prelo, Giz Editorial, etc. Consta em mais de 200 sites (Estadão, Noblat, Correio do Brasil, Usina de Letras, Daniel Pizza, Wikipedia, Observatório de Imprensa, Cronópios, Aprendiz, Storm Magazine (Portugal), entre outros. Publicado em mais de 80 antologias em verso e prosa, até no exterior (Antologia Multilingüe de Letteratura Contemporânea, Trento, Itália; Cristhmas Anthology, Ohio, EUA) e na Revista Poesia Sempre/Fundação Biblioteca Nacional (Ano 2000, Edição 500 Anos do Brasil, Gênero Poesia Brasileira Contemporânea). Colabora com vários veículos de comunicação do Brasil e do exterior. É autor do oficial Hino ao Itarareense. E-mail para contatos:
poesilas@terra.com.br - Site: www.itarare.com.br/silas.htm - Blogues: www.portas-lapsos.zip.net e www.campodetrigocomcorvos.zip.net











Os Livros de Silas Correa Leite











Diploma do Grupo Escolar Tomé Teixeira, Documento Histórico






Hino ao Itarareense
Composição: Silas Correa Leite (Hino Oficial) Letra

Música Vanderlei Garcia do Nascimento
1
Se a batalha te chama na história
Voltarás com verve e augusto
Pra ser forte no amor e na glória
Defender Itararé a todo custo
Levas sempre no peito o encanto
De uma Terra de infinita Sé
Dessa aldeia que adoras tanto
Santuário chamado Itararé
(Refrão)
Se a honra de Ser te pertence (
Deste chão és ternura e fé (
Pra viver sempre Itarareense (
E morrer por Itararé! (bis)
2
Sentinela que guarda a fronteira
Um celeiro de pinha e maná
Da legalidade és trincheira
Às barrancas do Paraná
Se te fundas Boêmio que vence
Desde os bosques, planícies até
Te engalanas tão Itarareense
Feito nau ao luar de Itararé
3
Se o Brasil ergue a clava forte
Pra ornar a Carta-Constituição
Lutarás com ardor até a morte
Para valorizar teu rincão
Esse Itarareense-Andorinha
Encantada, do rio verde ao tembé
Sobre a Coronel Jordão se aninha
Chão de Estrelas de Itararé
-0-
Poetinha Silas Correa Leite, do Clã “Fanáticos Por Itararé”
E-mail:
poesilas@terra.com.br
Ver Blogue:
www.artistasdeitarare.zip.net

Estância Boêmia de Itararé, histórica Cidade-Poema, Bonita Pela Própria Natureza, Chão de Estrelas, de Artistas de Talento como:
Aristeu Adão Duarte (Professor, Acadêmico, Cantor Premiado (Mapa Cultural Paulista) Armando Merege (Pintor) Carlos Casagrande (Ator da Rede Globo), Dorothy Janson Moretti (Poeta Premiada), Ed Primo (Pintor que foi destaque na Revista Veja-SP), Edson Marques (Escritor, Prêmio Miguel de Cervantes, Espanha, foi ao Provocações (TV Cultura) do Antonio Abujamra), Gerson Damasceno Gorsky (Doutorado em Música no Exterior), Gustavo Janson (Fotógrafo), Ismael Vaz Cordeiro (Humorista, Palhaço, Radialista), Jannis Vidal (Pintor, Historiador autodidata), Jorge Chuéri (Artista Plástico Premiado, inclusive no exterior e no Banco Real/Talentos da Maioridade), José Maria Silva (Contador de Causos Premiado no Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional, foi ao Programa do Jô Soares/Rede Globo), Lázara Aparecida Fogaça Bandoni (Escritora e Historiadora Premiada), Luiz Antonio Solda (Humorista, Cartunista, Publicitário e Poeta, vários Prêmios), Maestro Gaya (Músico e Arranjador Premiado/Festivais da Record. Descobriu, burilou e produziu (entre outros) Chico Buarque de Hollanda), Maria Aparecida Coquemala (Acadêmica e Escritora Premida, inclusive na Itália), Marina Solda (Pintora), Paulo Rolim (Escritor, Cientista, Ufólogo, Visionário Mediúnico), Paulino Rolim de Moura, Jornalista, Primeiro Ecologista do Brasil, sofreu vários processos, Regina Tatit (Cantora), Rogéria Holtz (Cantora e Compositora), Sebastião Pereira Costa (Escritor), Sérgio Carriel de Lara, Ator, Teatrólogo e Diretor Premiado de Teatro (Mapa Cultural Paulista), Silas Correa Leite (Poeta, Ficcionista e ensaísta, Prêmio Lígia Fagundes Telles Para Professor Escritor; Premiado no Mapa Cultural Paulista (representando Itararé) e também em Portugal, Prêmio Simetria Microcontos/Ficções Fantásticas, acadêmico (FAPESP-USP) foi entrevistado no Programa Momento Cultural, Márcia Peltier, Rede Bandeirantes, e no Programa Metrópolis, TV Cultura, colabora em mais de duzentos sites, Terezinha Iluminada de Mello (Escritora Premiada, Historiadora Premiada), Zunir Pereira de Andrade Filho, Escritor, Pintor.
Frases Sobre Itararé:
-Itararé, Nosso Amor Já Tem cem Anos (Zunir)
-Morro pelo Brasil, Mato por Itararé (Solda)
-Ita(ar)(ar)é (Poetinha Silas)
-Itararé, se colocar grade verde é cadeia, se colocar lona azul é circo, se colocar cortininha cor de carne é zona (Biriteiro e Dono do Bar Fecha-Nunca, Miro Vaca)

(OBS: Ajude a divulgar Itararé. Se você souber de algum outro louco criador ou artista de Itararé de talento, contate a promotora do Blogue “Artistas de Itararé” pelo e-mail:
artistasdeitarare@bol.com.br)

Sempre Haverá Itararé

Silas Correa Leite, em Palestra na Universidade de Palmas, tema A Arte Como Libertação



Aluno do Grupo Escolar Tomé Teixeira, Silas Correa Leite no Programa Momento Cultural, Rede Band, Apresentadora Marcia Peltier





Perfil TOMÉ TEIXEIRA que deu Origem ao nome da Escola Centenária de Itararé

BIOGRAFIA
Nasceu em Apiaí, em 21 de dezembro de 1876, filho de Simão Teixeira e Maria Teixeira. Faleceu na cidade de Santos no dia 25 de junho de 1954.
O emérito Prof Tomé Teixeira, antigo e dedicado educador, cujo nome foi dado ao Grupo escolar local, foi seu primeiro Diretor, para cujo cargo foi nomeado por volta de 1910, por indicação do Cel. Acácio Piedade, deputado da zona – pois o Prof Teixeira fora antes diretor do Grupo escolar da então Faxina – que hoje tem o nome do Cel. Acácio.
Logo após sua aposentadoria, o Prof Tomé Teixeira transferiu sua residência pra Santos, onde veio a falecer.
O velho professor que faleceu aos 78 anos, era viúvo da Profª Maria Augusta Brizola Teixeira - Da. Maricota.
Sua vida foi bem exemplo de correção, do trabalho e amor a terra.
Teve seu nome aureolado pela admiração de todos quantos privaram da sua intimidade.
Alcançou renome no país graças a intensa atividade desenvolvida no setor rural dentro da esfera educacional sob sua direção.

SOBRE A ESCOLA
Tipo de atendimento/recursos: Ensino Fundamental – ciclo II, Ensino Médio e projeto Acessa Escola.
A EE Tomé Teixeira, foi criada em 05 de setembro de 1910, com o nome de Grupo Escolar de Itararé e instalada em 27 de setembro do mesmo ano.
Em 18 de março de 1945 com o decreto Lei nº 0850 do governo do estado de São Paulo, o Grupo Escolar Tomé Teixeira em homenagem ao Primeiro Professor e Diretor da Escola que foi de 1910 até 1936.
A escola foi fundada no período da História do Brasil primeira republica , sendo um dos 40 prédios no Estado de mesma arquitetura ( Neo Clássico) com dois pavimentos na época sendo uma ala para meninos e uma para meninas.
Atualmente o prédio é tombado como patrimônio histórico, como o nome de escola da primeira republica.
Com a lei federal 5692/71, o grupo escolar Tomé Teixeira passa a denominar-se Escola Estadual Tomé Teixeira, sendo que com a Resolução nº 20 do DOE de 24/01/76 passou a manter classe de 5ª à 8ª séries, e 1ª à 4ª séries.
Em 1996, com a reorganização das Escolas Públicas passou a manter somente ciclo II Regular e Suplência II Ensino Fundamental, conforme Decreto 40.473/95.
No ano de 1999 foi extinto e suplência criando o Ensino Médio pela Res. SE 136 de 02/07/1999.
Com a LDBEN 9394/96 foi alterada novamente a denominação da U.E, passando a ter nome de "EE Tomé Teixeira”.

Diretora: Wanderli Aparecida Belleza Gesualdi
Vice-diretora: Soraya Fidelis Holtz Andrade
Coordenação:
PC EF: Luciano Aparecido dos Santos
PC EM: Sandra Deise B. Forcinetti Carvalho
Email Oficial: e015325a



Nos Tempos do Tomé Teixeira

Eu me lembro... eu me lembro... das aulas no G.E.T.T. que era o “Grupo Escolar Tomé Teixeira”, final dos anos 50. Lá estava eu na mais bonita instituição de educação de Itararé, aluno da Professora Jocelina Stachoviack de Oliveira e depois da Professora Nancy Penna, duas mestras que me marcaram para sempre. Eu era feliz e não sabia? Eu já escrevia meus versinhos pueris... O primeiro foi publicado num jornal mural, de cartolina, chamado “O Guarani”, ao lado de poetas consagrados como Olavo Bilac e mesmo o mestre Pedro Ribeiro Pinto, de Itararé. Estava lá o meu poemeto e a professora dando o título de Poetinha, como sou conhecido até hoje. Tempos que não voltam mais. Eu era aluno pobre, da Caixa, origem humilde, uniforme de segunda mão, ia à diretoria buscar tinta para a minha caneta tinteiro. Já pensou? Na classe tinha uma bandeira do Brasil. As melhores classes tinham um pavilhão hasteado. Era um orgulho pra gurizada. A merenda: sopa ou suco de leite com groselha. Tinha um fantasma no porão do Tomé Teixeira. Lembro-me que tempos depois, escrevi uma trovinha a respeito: “O fantasma do porão/Do Tomé Teixeira/Passa a vida inteira/Cabulando a lição.” Numa daquelas aulas em que a professora Jocelina trabalhava conosco o mote “O que você quer ser quando crescer” eu dizia: Escritor, Poeta. Uma revista ilustrada do Rio de Janeiro (Minha Revista) anos atrás, fez reportagem comigo, sobre meu trabalho literário, e colocou em destaque que com oito anos eu dizia, no Grupo Escolar Tomé Teixeira, de Itararé, Cidade Poema, que queria ser escritor. Família pobre, eu pensava em como um dia vencer na vida. Sonhava. Até que Deus colocou o primeiro anjo em minha estrada de tijolos amarelos... A minha primeira professora: Jocelina Stachoviack de Oliveira. Que tive o prazer de homenagear na Casa das Rosas, Avenida Paulista, em São Paulo, quando do lançamento do meu novo livro, o Porta-Lapsos, Poemas. Daqueles tempos eu me lembro dos colegas Rui, Zarpelão, Paulão, Kioka, Jeronça, entre tantos outros. A Cartilha “Caminho Suave” eu literalmente tirei de letra. Lembro-me também do nome de um diretor, o Professor Bonilha. Eu era um guri oriundo das plagas de Harmonia, Monte Alegre, Paraná, para onde meu pai mudara um tempo, lidando com lotes de terra. Agora que o “Tomé Teixeira” faz Cem Anos – Historial da Educação, Entra Aluno, Sai Cidadão - fico a lembrar daqueles tempos do Seu Antoninho na porta da escola vendendo doces como geléia, ou pipoca, ou de quando tocavam um sino; o sinal, ou ainda quando eu declamava poemas no Dia da Árvore, Dia da Bandeira, Dia do Índio. Bons tempos aqueles. Cresci, o G.E.T.T. está para sempre em minha vida, o guri pobre que engraxou sapatos, vendeu dolé de groselha preta e estudou no Tomé Teixeira, dali sendo lhe aberto o mundo da palavra, da escrita, feito um encantário de luz. Feliz é aquele que pode olhar as trilhas que seguiu pelo livre arbítrio de seu lado Sentidor, e ver que se tornou um vencedor com as mãos limpas, e que tudo começou na sua primeira escola, feito uma escada para o céu de sua vida. Lá no meu site Porta-Lapsos, no link
www.portas-lapsos.zip.net está postado o poemeto que bem retrata essa magna historicidade:
“O povo de Itararé
Tão alegre e feliz
Porque forjado é
Na força do giz
Da lousa do Tomé...
Bendito o Professor Itarareense cheio de fé
E o encantado aluno-andorinha aprendiz!
-0-
Silas Correa Leite, Poetinha de Santa Itararé das Letras
E-mail:
poesilas@terra.com.br
Site: www.itarare.com.br/silas.htm


C A N A R I N H O S
(TANTOS GARRINCHAS)

O futebol é o ópio do povo
João Saldanha

Quanto garrincha branquelo
Pobrezinho, pé-de-chinelo
Pelos extravios da vida em desvario se perdeu?
Quantos Rivelinos ou Pelés
Entre Ronaldos entre Manés
Nunca em verdade chegaram a realizar o sonho seu?

Quantos Garrinchas e Ronaldos
São pela vida penalizados
Vicissitudes entre as trilhas, na vida real, a fome?
E a cada ótimo craque Rivaldo
De tristeza resta um saldo
Pois entre tantos outros um montante de craque some

Quanto jogador excepcional
Ou mesmo craque fenomenal
Pela vida aqui e ali se desvia... ou é predado?
Quantos milhões de Robinhos
Ficam aniquilados pelos descaminhos
Entre a miséria e a violência é desviado?

Quase duzentos milhões de brasileiros
Jogando bola, craques artilheiros
Mas quantos ficarão sem terra e sem pão?
Quantos pretos, mestiços, mulatos
Sofrem diversos maltratos
Pelo racismo, descaso do estado, discriminação?

Já vi grande goleiro deficiente
Que pegava tudo, voava e diferente
Com um pé torto até o impossível defendia
Já vi artilheiro bem valente
Mesmo que penso, seguia em frente
Fintava como ninguém dito normal fazia?

Tantos são os excluídos
Pelos descaminhos destruídos
Nas periferias, vitimizados em dor e judiação
No Brasil, Pátria de Chuteiras
Manés, Garrinchas, nas feiras
Catam lixo, traficam, vendem sal, limão

Quanto garrincha banguelo
Fica na vida sem rumo ou elo
Nunca vai ter um time, um brilho ao sol...
É assim mesmo a nossa história
Nem todos vivem a glória
De serem vencedores com o futebol

Porque há uma outra seleção
Além da glória, do lucro, do campeão
Há a seleção dos excluídos sociais
Manés, Rivelinos, Romários, Garrinchas
Milhões em arrebaldes, pelas frinchas
Sofrendo suas tristices, seus ais

Há uma seleção de coitados
Tantos excluídos, descamisados
Famintos, perdidos, coitadinhos
Nunca terão suas vitórias
Não terão sucesso ou glórias
São outros brasileiros, outros canarinhos

Seleção de Canarinhos sem escola
Sem diploma, sem fama com a bola
Brasileiríssimos...antes, brasileirinhos

Que formam uma outra triste seleção
Mas à margem da história, na exclusão
Poderiam ser outros Pelés, Kakás, Robinhos

-0-

Silas Correa Leite
Torcedor do Clube Atlético Fronteira, Itararé-SP
E-mail:
poesilas@terra.com.br
Blogue: www.portas-lapsos.zip.net
Autor de Campo de Trigo Com Corvos, Contos
Editora Design, à venda no site
www.livrariacultura.com.br



Para Onde Vão as Pessoas Que Amamos

Elas chegam com a primavera no olhar
Sorriem - colocam ternura em nossas vidas
Conquistam nosso coração
E um dia, mudança de estação
Assim como chegaram, partem
E levam nossa alma.

Para onde vão as pessoas que nos conquistam?
Elas chegam com luz na alma e iluminam o nosso entorno
Marcam nossa esperança de sonhos revisitados
E um dia, assim como chegaram de mansinho
Preparam outros vôos, e se vão
A porta aberta para a iluminação.

Para onde vão as pessoas que nos fizeram amá-las?
Chegam doces, marcam com afeto, partem com o vento
E ficamos perdidos entre uma dimensão além da saudade
Pois a ausência não grita, produz tristeza
E então inventariamos cenários
Como um desjardim, no íntimo.

Talvez nunca mais nos vejamos
Talvez nunca mais nos reencontremos nessa vida
Talvez tudo seja uma bruma como fechamento de ciclo
Muito além de nossas identidades em comum
E nalgum ponto de fuga nos reconhecemos
Acreditando no amor, na amizade
Como uma plantação de campos de estrelas no espírito.

Talvez nunca mais seja a mesma coisa
Talvez nunca mais sejamos os mesmos
O que não cabe em nós, pois todo porto de partida
Leva também algum abrigo de nossas memórias
Assim como não sabemos para onde vão os astros
Quando o sentido de distanciamento é dentro da gente
Pois os nossos olhares irão com elas, de alguma maneira
E ficarão as lembranças dos doces momentos que passamos juntos.

Adeus, não chorem
Não choraremos; prometemos nunca esquecer vocês
Seja lá para onde forem
O que foram brilhantes aqui, de certo modo em outros lugares distantes de nós também brilharão
Outras bandeiras, outras conquistas, novos amigos
E então, de alguma maneira lá estaremos com vocês
Mas, por favor, nunca nos esqueçam
E quando descobrirem, dentro do coração
Quando tiverem a resposta, por favor, nos digam
Mesmo que seja com um sopro de menta na nossa encantação
Nos digam aqui, ou numa outra dimensão
Para onde vão as pessoas que amamos
Se junto com elas nossas vidas vão?
-0-
Professor Silas Correa Leite
EMEF José de Alcântara Machado Filho
Real Parque Morumbi, São Paulo
E-mail:
poesilas@terra.com.br
Site: www.portas-lapsos.zip.net


Ser da Estância Boêmia de Itararé, é!33 Motivos Para ser Fanático por Itararé

01)-Achar Itararé a mais bela aldeia do mundo, mesmo eventualmente não conhecendo direito o mundo, até porque, se Jesus Cristo tivesse nascido em Itararé, os três Reis Magos seriam o Jorge Chuéri, o Gustavo Jansson e o Walter Santana Menk02)-Ser um “fanático por Itararé” e adorar a Cidade-Poema acima e abaixo de todas as coisas reais e imaginárias, até porque, Itararé é a nossa Shangri-lá, nossa Pasárgada, nossa Jerusalém celeste aqui mesmo03)-Ser boêmio, bom de prosa afiada, contador de palha, pescador e até, aqui e ali, inventor do inexistente, até porque Itarareense não mente, inventa verdades que ainda não aconteceram de acontecer04)-Preferir ficar preso em Itararé do que livre e solto em qualquer outro lugar do Planeta Água, até porque, longe é um lugar que não existe, e assim mesmo lá não tem tubaína de limão-cravo do Vilela05)-Adorar biritar entre amigos, principalmente falando mal da vida alheia e sondando mulher pedaçuda com seios de manga-sapatinho, mãos de pianista, pés de bailarina, olhos de jade e pensão alimentícia de três maroteiros beiçudos e com amarelão06)-Torcer pro Clube Atlético Fronteira, o mais “glorioso, majestoso, poderoso” clube sócio-futebolístico da city.
07)-Ter algum dom natural, algum talento, pintar, escrever, jogar truco ou mesmo contar mentiras por atacado, até porque quem bebe a água da gruta da barreira sempre volta, o que não volta é a água que é urinada fora08)-Ser de esquerda, sempre. Fazer oposição por graceza, contenteza. Se há governo, é contra, esquerdista por legítima defesa da honra, da ética e em busca de um humanismo de resultados09)-Adora gandaias, forfés, micaretas, carnavais, quermesses, serenatas e, principalmente bordel e pescaria, principalmente se não levar marmita, isto é, se a patroa não for junto10)-Sacar antes o lance, saber bem de tudo quanto é assunto, mostrar dialética e ser loquaz entre amigos e morféticos curiosos, e nunca andar com canhão, quero dizer, mulher feia, a não ser que esteja muito “bêudo” ou picego11)-Defender Itararé a todo custo, haja o que houver, doa a quem doer, afinal, morrendo todo Itarareense será parte da terra Itararé, e, assim, é melhor cuidar bem da terrinha-nós-mesmos a partir do que seremos um dia no devir12)-Itarareense é “Andorinha sem Breque”, dá nó em pingo de chuva, desvia de cobra-fantasma, e assovia bem, até porque, como dizia o saudoso Barbosinha tocando Luar de Itararé...música é vento13)-Detesta amigos do alheio, desde corruptos e ladrões, não aceita gente de duas caras e mete a boca em tipo janota e boçal, muito menos gosta de ser palhaço de outro palhaço se olhando no espelho14)-Conta palha de que Itararé foi feita no sexto dia de criação, por isso Deus teve que descansar no Sábado lá no Bar do Tepa, já que tinha caprichado e cansou-se, depois foi pro forfé e pegou gosto.15)-Itarareense bebe porque é líquido. Se fosse sólido comeria. E bebe sim, vermes não comem pudins de cachaça16)-Todo Itarareense é anarquista teórico, marxista técnico, boêmio pela própria natureza, fanático por Itararé e social-democrata com visão ético-plural-comunitária17)-Todo Itarareense é pão duro ao extremo, cria escorpiões no bolso para não ter que atacar as algibeiras em caso de precisão de vida, morte ou desfrute de eventual biscataria self service18)-Itarareense não morre. Vira purpurina. Não nasce, estréia na Terra.Não é aparecido, é criativo, e sabe fazer bonito, no amor e na dor. Mas vai em velório e gosta de aparecer mais do que o próprio finado19)-Itarareense que não presta nasce morto. Ou vai nascer noutra freguesia do Paraná, logo depois da divisa do rio Itararé, lados de Sete Quedas, aliás, Oito quedas, se empurrar a sogra que não é boa bisca lá.20)-Itarareense adora fazer caridade com o dinheiro dos outros, assim como adora comprar fiado de caderneta e perder a caderneta. Sabe ser útil e solidário na hora hagá, e não acredita em artes que não sejam libertações.21)-Itarareense sabe que, sexo seguro é quando ele segura no seu próprio usucapião pra pinchar cervejadas fora, aliás, se cerveja se pagasse pelo que se urina, só se pagava o rótulo22)-Itarareeense-andorinha na dúvida em gastar ou poupar toma mesmo é suco da sabesp com petisco de língua de sapo chulé23)-O buraco da barreira é mais embaixo, andorinha grande é Taperá, quem não gosta de Itararé, boa bisca não é24)-Itararé não tem enxerido em vizinha alheia, tem liberal esquizofrênico25)-Itarareense não tem meio sexo. Os quase "moçoilas" vão todos estudar fora e querem diploma26)-Itarareense não morre, estréia no céu, mas antes passa pelo Asilo Jesus Tá Chamando, depois entra no Morgue Vá Com Deus e, finalmente, deita a paquera no Cemitério Lágrimas do Céu27)-Em Itararé, quem toma Coca Cola arrota pum, e sabe muito bem e com prazeirança que batatinha quando nasce vira fritas do Bar do Chico28)-Todo artista Itarareense é aplaudido em pé na Praça Coronel Jordão, até porque, a bem da verdade, lá não tem banco pra todo mundo se sentar29)-Em Itararé o vento sola saudades pegajenta do Maestro Gaya, do Fernando Milcores e das estrelas Irmãs Pagãs.30)-O defeito do itarareense é ser pão duro, daqueles que dá tiau com o punho para não gastar vão de dedo, e nem tem muito jegue júnior na prole para não gastar zona de fricção31)-Itararé tem Passarinho que anda de bicicleta e com chapéu de florzinha verde na gadelha, tem restaurante que fecha pra almoço e tem rio verde que não amadureceu ainda32)-Itarareense quando viaja, leva foto de Itararé só pra matar saudades e tomar umas e outras em homenagem à sua santa terrinha. Aliás, o melhor lugar do mundo é aqui e agora, e todo Itarareense sabe muito bem que, “Esteve em Itararé e não lembrou de ninguém/Pois quem não está em Itararé está sem33)-Itarareense pobre só come carne mesmo quando o feijão-rosinha tá bichado
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Santa Itararé das Letras

Itarareense-andorinha, a dor e a delícia de ser o que é
Habemus República Etílico-Rural de Itararé - It(ar)(ar)é!O Paulista de Itararé é mais paulista do que os outros paulistasO céu azul é o mar de ItararéItararé, verás que um filho teu não foge a lutaItararé, a história do Brasil passa por aquiMorro pelo Brasil, mato por Itararé Sou de Itararé, não desisto nunca
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Poetinha Silas Corrêa Leite
Sampa, Saudades de Itararé, do Jazz nasce a luz
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